Saturday, April 09, 2005

Fugacidade aquilina

Fosse ave de rapina
Comesse o tenro cordeiro
Matasse o rato matreiro
Voaria até a China
Fugindo da sua sina
De ser galo no terreiro

Fosse um animal sabido
De ávida esperteza
De apurada realeza
Como bandeirante tido
Por sangue humano movido
Venceria a Natureza

De certo ele fugiria
Do desenlace mais probo
Do céu da boca-de-lobo
Mas aonde ele iria?
À casa de alguma tia
Ou para fora do globo?

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