Soneto a um rato de circo
Soneto em homenagem aos ratos equilibristas que arriscam suas vidas sobre fios em exibições na Casa de Cultura Alemã. Executam uma travessia perigosíssima entre o prédio principal e a Sala Interarte.
Soneto a um rato de circo
Sobre fios, com germânico afã
e domínio sobre o medo da morte,
enleva platéias de toda sorte
num berço de cultura alemã.
Murídeo destemido, esse rato
serelepe, roedor e artista
é um ás do ofício equilibrista;
tem um talento que é deveras lato.
Roendo os compêndios literários,
esse rattu tornou-se poliglota.
É um ser de desejos arbitrários,
excêntrico modelo, esse janota.
É absoluto na passarela;
o legítimo rei da mussarela!
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