Viracambote
Habituado a receber recusas,
Vivia o pobre lenhador da mata.
Nem sequer com a mais fina cantata,
Quebrava o coração das suas musas.
E, uma vez, por capricho do destino,
Saiu dum tronco de jacarandá
Uma jeitosa esquila a dançar
U'a espécie de tango argentino.
Pois foi que enamorou-se do animal,
E as juras d'amor eram constantes.
Daria a ela esquilos infantes
E as maiores nozes em cabedal...
Mas a diaba da esquila foi marota:
Fugiu e só pariu a bancarrota.
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