Sunday, June 19, 2005

Consulta

-É um tumor vizinho do pulmão.
-O que faço, doutor?! O que é que eu faço?!
-É caso grave... É um grande freimão...
-Então corta a carne! Pega do aço!

Arranca esse caroço do meu peito!
Esse deve ser o único jeito...
Não posso morrer assim, sou um Homem!
-Logo, logo, ele chega ao abdômen...

-Que tamanho tem isso, doutor?! Mede-o!
-É grande o bastante para enterrar-te...
Preso à fina força e com muita arte.

-O que faço, doutor?! Verdade crua...
-Faz nada, amigo. Já não há remédio...
Tu és da doença, e a doença é tua!

2 Comments:

At 11:01 AM, Blogger Pedro Roney said...

Vou agora responder
A pergunta que fazia:
Por que estou a fazer
Comentários na poesia

Sempre em forma de verso
Em detrimento da prosa
Como se estivesse imerso
Num vale ao cheiro da rosa?

Eu te digo, companheiro,
Que a minha atitude
Vou durante o ano inteiro
Repiti-la amiúde

O verso em poucas linhas
Fala mais que a redação
Pois além de palavrinhas
Trás a rima e a emoção

Como eu não sou um pateta
Nem me faço de otário
Deixo à guisa de poeta
Meu humilde comentário...

 
At 4:08 PM, Blogger Pedro Roney said...

Eu, comendo cream cracker,
Li tua interrogação
Se o caso de um hacker
De fato procedia ou não

Não procede e não cola
E juro como a sirene
Pois aqui na minha Escola
O tal MSN

É programa proibido
E como me invadiria
Se não sabe o sentido
Nem ao menos desconfia!

O que acho que ocorreu
Foi alguém se utilizando
Da senha que alguém lhe deu
Acabou foi se passando

Por mim, um podre-diabo
Que não mais se comunica
Pela internet a cabo
E louco aos poucos fica!

 

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