Azêmolas manatiadas
A nuvem de pestilência
À mostra já deixa o pus
E com muita veemência
Ao cemitério conduz
Lugar de homens lôbregos
Que outrora era um pasto
Hoje só restam morcegos
Da luz nem sequer o rasto
Morcegos que mordem vorazes
A jugular da inocência
Por onde percorrem fugazes
Virtudes da santa demência
Tão nobres que não se ferem
Com setas no coração
E às vítimas proferem
Palavras de baixo calão
Trajando terno e gravata
Morcego nobre e frajola
Ostenta sua bravata
Enchendo sua gaiola
Um viveiro de vencidos
Subaéreos e primatas
Que por pedras atingidos
Findaram suas cantatas